sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sofrimento

O sofrimento
Magda Belamir Consalter
Psicóloga

CRP 12/08082

Sofrer não é uma opção, muitas vezes o sofrimento se impõe. Mas a forma de sofrer essa sim é uma escolha nossa. Temos a opção de sofrer em silêncio, chorar, gritar, ou também podemos buscar a causa de sofrimento, ou simplesmente aceitar e sofrer.
Podemos escolher várias formas de sofrer porem devemos aprender a melhor maneira de sofrer se quisermos fazer o sofrimento uma ferramenta para nosso crescimento.
Muitas vezes ao sermos magoados ou feridos queremos acertar as contas com aquele que nos machucou, ou seja fazer com que essa pessoa sinta a mesma dor que estou sentindo ou até muitas vezes que sinta um a dor bem pior.
Quando estamos sofrendo por uma magoa, ou ressentimento, em muitos momentos ferimos impiedosamente quem nos agrediu, muitas vezes nos prejudicando muito mais do que a quem nos magoou.
Outro perigo que corremos quando estamos com um sofrimento seja esse por dor, luto, doença ou qualquer sofrimento, corremos o risco de magoarmos quem mais amamos, pois estes, toleram muitas coisas que as demais pessoas não tolerariam. Por isso devemos sempre respirar fundo várias vezes antes de falarmos coisas que podem machucar nosso cônjuge, filhos, pais, irmãos...
Por isso a forma de falarmos com alguém é muito importante, quanto o que estamos tentando dizer. Devemos conhecer nossos limites para construirmos uma vida feliz. Não que essa vida feliz possa nos proteger dos sofrimentos, pelo contrário fará com que possamos crescer e dessa forma possamos ser fortes para enfrentar os obstáculos que a vida nos impõe.
Deus não quer que neguemos a dor mas que, essa seja fonte para enfrentar as demais que virão no decorrer da vida.
Contudo se você é uma pessoa que sofre e não consegue sozinha aliviar sua dor, busque ajuda, fale com um amigo, ou procure um profissional de sua confiança.
Pois buscar ajuda não significa sinal de fraqueza pelo contrário é o primeiro sinal de força para livrar-se do sofrimento.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Lider e liderança

Lider e liderança
Magda Consalter

Muitas vezes os termos “líder” e “administrador”, são utilizados para designar aquelas pessoas que exercem algum tipo de comando. Todo administrador é um líder e vice-versa, porém devemos considerar que o administrador está mais voltado para os processos e os líderes para as pessoas, dessa forma cada um tem sua competência o que significa que nem sempre trazem os mesmos resultados.
Toda organização é um reflexo de seus líderes, pois esses tem um papel social a cumprir, socializando e ressocializando constantemente seus comandados, passando modelos conceituais na busca de internalizarem novos valores e elementos culturais da organização.
O líder de uma organização deve ter a responsabilidade de monitorar, influenciar, sedimentar e transmitir a cultura organizacional aos seus liderados. Pois esse é e sempre será um agente de mudança, criando e/ou sustentando a cultura, dessa forma construindo o presente e delineando o futuro.
Todo líder deverá conhecer as pessoas com quem trabalha, precisa possuir altas aspirações e ter grandes ideais, assim ele poderá compreender a dinâmica do movimento do grupo que lidera.
O líder não é apenas o administrador, mais que isso ele é um criador , não é o que toma mas o que dá, não é o que apenas fala mas ouve, ele está sempre disposto arriscar , a buscar novas formas de melhor gerir o trabalho incentivando o grupo a crescer.
O líder deve acreditar no potencial de seu grupo, exaltar suas qualidades e reconhecer as diferença e limitações de cada um, quando necessário criticar contudo, respeitando o individuo, o líder não tem a necessidade de ser bom porém deve ser justo, saber reconhecer em cada um de seu grupo potenciais, e saber identificar cada um como ser único.
Talvez visto desse ângulo pode ser algo utópico, porém o ideal de uma organização não é buscar líderes ideais, mas líderes que atendam as necessidades organizacionais e de seus colaboradores. A gênese da liderança está no âmago do Ser, pois toda mudança deve começar de dentro, somente olhando para dentro de si é que será possível entender quais são seus propósitos pessoais, princípios éticos e morais, o desenvolvimento de um líder tem como ponto de partida o seu crescimento interior, pois todo líder que está voltado para “como ser”, ouve e aprende, o que o torna imprescindível nos dias atuais e principalmente para o futuro.
Liderar é sempre será uma ciência e uma arte, ciência no que se refere aos meios de administrar processos, arte no estabelecimento de uma relação interpessoal positiva empreendida com seu grupo de liderados.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Terapia afirmativa

Terapia afirmativa

Magda Belamir Consalter
Psicoterapeuta

De acordo com a terapia afirmativa a identidade sexual homossexual é expressão natural, espontânea e positiva da sexualidade humana, em nada inferior à identidade heterossexual. Ou seja, não é uma anomalia, um erro, um defeito, mas sim algo natural e espontâneo.
O terapeuta que opta em atender pacientes homossexuais, bissexuais ou mesmo o heterossexual deverá transmitir aos seu paciente absoluto respeito por sua sexualidade, sua cultura, seu estilo de vida, ou seja, terá a mesma postura que teria com qualquer outro paciente indiferente de sua sexualidade.
E sempre buscando compreender as variáveis da dinâmica pessoal e suas variáveis sociais, dessa forma tentando entender os preconceitos e opressões que os homossexuais são submetidos.
Ao falarmos em homossexuais devemos entender, que estamos falando de toda relação amorosa entre duas pessoas do mesmo sexo. O termo segundo Daron (2002, p.398) “se aplica tanto as relações marcadas por contatos físicos e toda forma de coito extragenital quanto às somente marcadas por sentimentos apaixonados ou ternos”.
Até os meados dos anos de 1970 a homossexualidade era vista como algo patológico, e todo homossexual era um produto de algo biopsicossexual problemático. Tudo era visto como desvio ou disfunções sexuais o que levava a crer ser patológico.
Os indivíduos eram tratados com técnicas e tratamentos para inibir o desejo homossexual. Todos esses trabalhos eram feitos, ignorando a subjetividade do indivíduo, de como cada um se relacionava afetivamente e sexualmente, ignoravam sua vida cotidiana, como se cuidavam, como cuidava da sua saúde, família e como buscavam desenvolver sua carreira profissional.
Partindo da premissa que a orientação homossexual é normal é faz parte da variação da sexualidade humana, a psicologia homossexual começou a estabelecer suas bases , para ajudar os gays, lésbicas e bissexuais afirmarem-se como pessoas e como indivíduos saudáveis que a sua opção sexual não interviria na sua personalidade como profissional, filho, amigo, enfim como pessoa humana.
O psicólogo afirmativo não vê o sujeito homossexual como um indivíduo psicologicamente diferente do sujeito heterossexual, pois ele busca uma compreensão mais profunda desse mundo em que os homossexuais vivem, ou seja suas particularidades. Suas crenças, culturas, desejos e sentimentos.
A psicoterapia afirmativa utiliza os métodos psicoterápicos tradicionais, mas que envolva uma perspectiva não tradicional.
Segundo Borges (2009, p.21) “essa abordagem considera a homofobia, e não a homossexualidade em si, como a variável patológica mais importante para o desenvolvimento de certas condições sintomáticas encontradas em homossexuais.”
E essa homofobia que o autor cita realmente pode ser vista ou seja percebida nos pacientes no consultório, em suas falas, em seus temores quanto sua orientação sexual.
O psicólogo afirmativo busca de uma forma positiva e afirmativa , enfatizar a importância da atitude não critica e de aceitação , dando cuidado e atenção ao paciente, e mostrando-lhe que a homossexualidade é uma variação normal e natural da sexualidade humana.
Por isso o psicólogo afirmativo vê a identidade lésbica, gay e bissexual como uma expressão natural da sexualidade humana. Ou seja é uma expressão humana tão natural como a identidade heterossexual.
Sendo assim todo psicólogo que aceitar a atender o público homossexual deverá ter respeito pela orientação sexual desse, considerando esta como uma manifestação saudável e não patológica, da sexualidade humana. Buscar manter sempre a integridade pessoal do paciente, nunca identificando sua identidade a familiares ou a qualquer pessoa.
Demonstrar respeito quanto a seus valores morais, hábitos e praticas sexuais mesmo essas sendo diferentes das do terapeuta.
Em suma o psicólogo deverá tratar esse paciente com respeito e dedicação que ele merece, nunca esquecendo que esse é um ser humano e como tal deverá ser respeitado. Buscando dessa forma dar uma melhor qualidade de vida e dignidade ao indivíduo.